top of page

TIC

Fonte: Autoria Própria

         A tecnologia faz parte do nosso dia a dia, tornou-se parte integrante das nossas atividades e um meio essencial para realizar uma multiplicidade de tarefas, projetos e objetivos. Atualmente, a situação mundialmente vivida obrigou-nos a trocar a distância de um metro pela distância de um ecrã, levando-nos a reinventar as formas de ensino e aprendizagem, o que de forma inegável atingiu as crianças e as famílias.

      Com a impossibilidade de aulas presenciais, as tecnologias revelaram-se a ferramenta de eleição, para professores – que ainda que não acreditassem na importância das mesmas, se viram forçados a conhecer, recomeçar e reaprender – mas também para as crianças, que em casa, no seu conforto, em regime e-learning, têm acesso a variadas alternativas, que são dinâmicas, criativas, atingíveis e que possibilitam aceder a materiais, vídeos, animações, entre outras coisas. No entanto, não é de hoje que as tecnologias são um reforço da autonomia e da exploração, da expressividade e da expressão a um nível pleno, pois as crianças, que pertencem à geração Z e são nativos digitais, nasceram na era da tecnologia, onde a internet das coisas as rodeia e onde tudo está à distância de um clique. As crianças estão hoje conectadas e fazem parte de uma rede que as transcende e lhes possibilitou meios de expressão diversos, com uma escala global, como as redes sociais e plataformas como o Youtube, onde a expressão não tem limite, mas o contacto continua a ser próximo.

       Esta geração dos nativos digitais, as nossas crianças, nasceram numa época em que a tecnologia domina o nosso dia, onde podem brincar e expressar-se recorrendo aos meios tecnológicos. A criança, que não consegue ver, consegue hoje ligar uns auriculares e ouvir tudo o que está escrito num ecrã de um computador, bem como a criança que não consegue ouvir e falar possui acesso a apps que permitem traduzir uma palavra para língua gestual, mas a criança com algum tipo de carência a nível cognitivo ou psico-motor também já consegue, a partir de um computador, conversar e interagir. Na verdade, a tecnologia transformou-se numa nova forma de expressão, que vai além da escrita, da oralidade, do desenho ou da música, tudo porque incorpora e possibilita todos os tipos de expressão que existem, desde a pintura, o desenho, ou a música.

        Do ponto de vista educativo, a tecnologia permite a criação constante de espaços, de plataformas virtuais, nas quais crianças podem interagir entre si, mas também com os professores; os conteúdos, outrora ensinados, talvez, na modalidade b-learning, hoje são disponibilizados através da realização de jogos, vídeos educativos, animações, entre outros. Plataformas digitais como o Microsoft Teams, o Moodle, Google Forms, Zoom, Google Classroom, Classdojo e muitas mais, transformaram as aulas, a dinâmica de grupos e a motivação das crianças, que em casa e no seu papel de alunos, conseguem agora explorar conteúdos programáticos de forma diferente, autónoma, através de uma experiência sensorial que só a tecnologia é capaz de admitir.

     É neste sentido que a tecnologia se assume como mediador atual, que potencia as expressões através da sensação de segurança transmitida pela distância, que assegura uma conexão mesmo em situações de fragilidade e que cria espaços de expressividade para os jovens. O rádio foi substituído pelo telemóvel com auriculares e a dança está ao comprimento de um vídeo ou de um jogo para a Playstation e o facto é que as crianças, quando começam a ganhar a autonomia e desenvolver os conhecimentos necessários para manusear novos aparelhos eletrónicos, tornam-se mais curiosas, atentas aos pormenores e este fenómeno ocorre cada vez mais cedo, quando as crianças são ainda muito pequenas, fruto da sua inserção nesta era digital.

    Em suma, apesar de todas as formas de expressão serem válidas e absolutamente defendidas, desde o contacto com a natureza, com a experiência musical ou dramática, é necessário realçar a expressão tecnológica como a fusão de múltiplas competências e potenciadora de aptidões cognitivas, socio-afetivas e psicomotoras, pois abre espaço para a criança alargar os horizontes, enquanto desperta a sua curiosidade e desenvolve a autonomia; competências da área das ciências são também trabalhadas, como o reconhecimento de relações, o desenvolvimento e compreensão de aspetos abstratos, entre tantas outras. Assim, é importante manter ativo o forte papel que a tecnologia tem na vida das crianças e, por isso, conciliar aquilo que os nativos digitais melhor dominam com o mundo educativo que eles podem alcançar!

Referências:

Araújo, MJ. & Lencastre, JA. (s.d). Educação on-line: uma introdução. (1-6)

Teles, R. (2019). Notas de aula do powerpoint “Tecnologia e Sociedade”


 

© 2023 por Pré-escola Pequeninos, Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page