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aTazanar Pequenos em Casa

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FonteUnsplash

        Durante toda a escolaridade, o aluno vê-se submetido a uma quantidade absurda de tarefas escolares que têm como objetivo serem feitas no tempo livre da criança para adquirir mais conhecimentos. Ora, para uma criança, o seu tempo livre é dedicado a brincar e a explorar o mundo, contudo, tem a obrigação de usar grande parte desse mesmo tempo para a realização dos ditos TPC.

       Muitas das tarefas que são propostas refletem o trabalho realizado em contexto de sala de aula e, desta forma, a criança é impedida de se desenvolver cognitivamente e de expandir os seus conhecimentos, já que estas atividades – rotineiras, a certo ponto - não trazem nada de novo. Para além disso, este sistema de tarefas incorre no risco de fazer com que os alunos não se sintam motivados a estudar, até porque uma criança ainda não sabe bem o que esta palavra significa, só sabe que é uma obrigação aborrecida.

      Ainda assim, muitos alunos frequentam centros de estudos o que faz com que o tempo que dedicam ao estudo aumente, impossibilitando que haja tempo livre para brincarem. Quando este fator não se verifica, quem auxilia a criança a realizar as tarefas são os pais ou os familiares mais próximos da criança. De facto, se a criança sente dificuldades a realizar a tarefa, o adulto sente-se obrigado a intervir e a ajudar a criança a conseguir. Assim, é seguro afirmar que, muitas vezes, o objetivo dos TPC não é cumprido, ou seja, a criança não adquiriu qualquer novo conhecimento e só ficou extremamente aborrecida por ter sido obrigada a realizar aquelas tarefas.

        Uma das formas de contornar este transtorno seria dar tarefas divertidas, criativas e dinâmicas às crianças. Cópias, contas, preencher espacinhos, tudo isto não estimula a construção de conhecimentos e a aquisição de conteúdos que promovem uma aprendizagem com sucesso. Apresentar às crianças atividades que usam os movimentos corporais, a capacidade de criação própria, que dão asas à imaginação, potencializam o desenvolvimento cognitivo e a capacidade de comunicação e de pensamento sobre o mundo que o rodeia. Variar as atividades da criança é dar-lhe liberdade e poder de criar algo seu; usar a pintura para estudar português ou matemática, explorar a natureza para o estudo do meio e as ciências, muitas são as opções que canalizam a atenção da criança para o que a rodeia. Para além disso, fazer um desenho ou inventar uma dança não implica que um adulto intervenha e se manifeste no “TPC”, não que isso seja algo mau, apenas serão um complemento.

      Os TPC não têm que ser um inibidor da imaginação nem têm que ser uma obrigação pesada que impossibilite a criança de brincar; quando aplicados, devem ter em conta o que é a liberdade e a autonomia que a criança tem, dando meios para conhecer o ambiente em que o aluno está inserido quando sai da escola.

Referências: Araújo, M. J. (s.d.). "Trabalhos de casa" uma questão na ordem do dia. (1-6)

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